ESTRUTURAÇÃO DA MARCHA - Voltando ao chão!
- Carla Luchiari
- 1 de set. de 2021
- 2 min de leitura
A marcha é uma ação motora altamente complexa, são anos desde o nascimento para aprimorar essa ação e realizar com competência. Porém, o estilo de vida da atualidade da maioria das pessoas leva a um desaprendizado de gestos e ações motoras.
Como, por exemplo o simples ato de ficar em pé corretamente e de andar.
Quando eu ando pelos ruas noto o quão deficitária está a marcha da maioria das pessoas, isso é muito ruim, pois implica diretamente na funcionalidade corporal como um todo para realizar todas as outras atividades corriqueiras do dia a dia, com competência, destreza e qualidade.
Essas compensações ocorrem devido a falta de mobilidade das articulações, encurtamentos musculares, déficits da consciência corporal, coordenação motora comprometida, entre outros fatores também.
Devido a isso o treinamento de RESGATE DA MARCHA é algo extremamente importante.
Para este processo são usadas várias estratégias, uma delas é o "regresso" ao chão.
O suporte dado pelo chão facilita muito na execução e compreensão do exercício.
O chão "devolve" ao corpo uma resposta sensorial, este sentir (a sensação no corpo no chão) orienta melhor os movimentos que serão executados.
É um educativo bem completo, cheio de detalhes importantes.
Cada detalhe tem um fundamento e deve ser rigorosamente seguido para que se tenha resultados.
O objetivo desse "REGRESSO " ao chão é diminuir o nível de dificuldade para tornar o ficar em pé mais fácil.
Neste exercício, da imagem acima, há muitos fatores envolvidos:
- os pés devem estar posicionados em dorsi flexão (pés apontados para cima).
- os dedos dos pé devem estar relaxados, levemente para baixo (a somatória da dorsi flexão e desse posicionamento dos dedos estrutura e estimula os arcos plantares).
- joelhos destravados (os joelhos não podem estar esticados completamente).
- o pé que está em contato com o chão faz uma força para empurrar o suporte enquanto o membro inferior que está para cima faz uma força como se o calcanhar empurrasse o teto.
- os membros inferiores alternam os movimentos, uma hora um sobe e outro desce.
- os movimentos devem estar sincronizados com a respiração.
- os membros superiores seguram o bastão, mantendo assim as escapulas e os braços ativos, isso faz que haja uma integração entre a cintura escapular e a cintura pélvica (durante a marcha os membros superiores também participam ativamente).
Esse é apenas um exemplo de exercício de educação da marcha, porém para um bom trabalho de reeducação da marcha são necessários uma série de educativos, pois será a adversidade de estimulos e de REPETIÇÕES que realmente trarão resultados efetivos de melhorias.
Você já tinha pensado o quanto uma marcha bem executada é importante para a sua funcionalidade corporal?
Texto: Carla Luchiari.

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