Diafragma é um instrumento para o canto.
- Carla Luchiari
- 29 de jun. de 2021
- 2 min de leitura
E aí você está debaixo do chuveiro, arrasando no vocal e, do nada, sua voz dá uma desafinada, quebra, desaparece. Será que isto é uma ameaça para seus dias de glória como Superstar POP ?
Não, é sinal de que, apesar de você ter muita vontade de cantar, é uma pessoa sem noção. Sem noção de como o seu instrumento funciona.
Todo instrumento precisa de um acionador para produzir som e, no caso da sua voz, este acionador é?
- (Dez segundos para você pensar na resposta) -
Se você pensou “emoção, sentimentos e afins”, acertou na motivação, mas errou na ação, pois o que permite que você produza sons vocais é o movimento do ar passando por suas pregas vocais.
Esta ação foi nomeada como teoria mioelástica-aerodinâmica da produção vocal que, em sua tradução para cantores de chuveiro, significa “a ação da passagem do ar que vem dos pulmões pelos pequenos músculos da laringe, fazendo-os vibrar”.
Resumo da Ópera: tampe o nariz e a boca e tente produzir um som longo.
– (Mais dez segundos para você fazer isso) –
Verifique que o som é interrompido quando o ar preenche a cavidade da sua boca, pois se não há ar em movimento, não pode haver produção de som.
Yes, agora você percebeu na prática que para cantar é necessário colocar ar em movimento continuamente, além é claro, de controlar a musculatura da laringe, evitando tensões desnecessárias.
O primeiro passo para equilibrar estas duas forças (ar e musculatura) é ter ar nos pulmões, ora.
E, ainda que muitos músculos auxiliem no controle respiratório para o canto, o músculo diafragma é o protagonista desta história. Ele se parece com uma cama elástica, separa o tronco do abdômen e, se você o colocar em ação de forma correta, garanto que você vai mandar bem como vocalista!!
Você já pulou numa cama elástica?
Para cantar é preciso se permitir brincar nesta cama elástica do seu corpo, o seu diafragma, deixando que ele impulsione sua voz para fora de tal forma, que você vai tomar coragem até para cantar fora do chuveiro.
Texto por Débora Letícia.

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